A cura do daltonismo pode estar despontando. Após uma terapia genética, machos adultos do macaco-de-cheiro (assim como as pessoas daltônicas, eles não possuem o gene de pigmentação que permite a distinção entre o vermelho e o verde) passaram a enxergar tonalidades que jamais haviam notado.
Cerca de 20 semanas depois de receberem injeções na retina do gene L-opsina, os animais começaram a distinguir pontos vermelhos e verdes em uma tela de computador. Sempre se imaginou que a percepção das cores dependia de uma rede nervosa inalterável e formada no início do desenvolvimento. Porém, segundo o neurocientista Jay Neitz, esse estudo mostra que "o cérebro pode adaptar um circuito preexistente a uma nova função". No futuro, tal terapia poderia curar 200 milhões de daltônicos, na maioria homens, e estimular a busca de tratamentos de outros tipos de cegueira genética.
Por enquanto, pelo menos um macaco aproveitou para ganhar nova predileção por pastilhas verdes do chocolate M&M.
Fonte: Revista National Geographic Brasil, Março de 2010.
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