Eles estão entre as estruturas vivas mais belas do planeta e formam um rico ecossistema que abriga uma variedade de espécies marinhas. Mas isso um dia poderá ter fim...
A Grande Barreira de Corais, pode ser avistada da órbita da Terra, a maior formação viva do mundo, um conjunto que se estende por mais de 2 mil quilômetros e cobre uma área de 230 mil Km² na costa nordeste da Austrália. Essa gigantesca estrutura é o maior sistema de corais do planeta.
Riqueza submarina
Os recifes de coral constituem um dos locais mais ricos da diversidade marinha. Em meio aos corais, encontram-se peixes multicoloridos, estrelas-do-mar, moluscos de tamanhos variados e uma infinidade de outros seres vivos. Formados pelo exoesqueleto de minúsculos animais chamados pólipos, não passam de 5 milímetros de diâmetro, mas cobrem vastas áreas oceânicas. Os corais são animais bastantes antigos. Existem há mais de 450 milhões de anos. Durante muito tempo, os pólipos foram considerados plantas. Hoje se sabe que eles são parentes próximos das medusas e das anêmonas-do-mar.
Águas rasas e Temperaturas amenas
Em geral, encontram-se em locais rasos e onde a temperatura da água nunca é inferior a 18ºC. Estas condições são imprescindíveis: para formar os recifes, os pólipos associam-se, em geral, com minúsculas algas marinhas e outros seres invertebrados, animais que precisam da luz solar para se desenvolver e se reproduzir.
Tipos de recife
Existem três tipos principais de recifes:
1- Em franja: estendem-se em direções ao mar aberto sem formar uma laguna entre eles e a praia. Desenvolvendo-se em águas rasas.
2- De barreira: são separados da praia por lagunas que chegam a ter alguns quilômetros de largura e podem atingir mais de 50 metros de profundidade.
3- Atóis ou recifes circulares: constituíram-se em torno de pequenas ilhas ou elevações rochosas que, em alguns casos, acabaram submersas.
Desenvolvimento da colônia
Uma colônia de corais aumenta muito lentamente. Só para dar uma idéia, para ela atingir o tamanho de uma bola de futebol, leva mais de 20 anos. Os corais crescem em camadas numa fantástica diversidade de formas e cores. A maneira como o crescimento ocorre varia de acordo com a espécie e depende de outros fatores, como o movimento das ondas e a quantidade de luz solar e alimento disponíveis. Apenas os corais das camadas mais externas, que estão vivos, apresentam coloração. Nas camadas inferiores, formadas por corais mortos, eles são brancos. Embora sejam animais carnívoros, dependem da presença das algas marinhas para garantir a sobrevivência das colônias.
Berço da vida Selvagem
Os recifes de coral possuem uma enorme variedade de vida selvagem. Cada fresta pode ser utilizada como local de abrigo e proteção para diferentes espécies. A diversidade é resultado da dinâmica do recife, um ecossistema que dispõe de recursos nutritivos utilizados e reciclados em inúmeras cadeias alimentares. Esse ambiente variado e equilibrado é, ao mesmo tempo, bastante frágil.
Em todo mundo, os recifes de coral sofrem diversos tipos de agressões, de derramamento de petróleo a mergulhadores em busca de espécies exóticas, mas a um perigo ainda maior que pode levar esses lindos seres ao seu fim...
O MAR ÁCIDO
Uma reportagem mostrada na revista National Geographic de Abril de 2011, fala que o dióxido de carbono que emitimos na atmosfera pode ser o fim dos lindos recifes de corais, aumentando a acidez da água dos oceanos, podendo provocar também o fim de ostras e mariscos.
Cientistas dizem que se até 2100, as emissões de CO² seguirem altas, muitas áreas do leito oceânico vão ser como na foto abaixo:
Um deserto sub aquático sem vida...
Como se dissolvem Conchas e Ossos
Caramujo, craca, ouriço-do-mar e coral fazem parte da lista de organismos que produzem suas partes rígidas juntando íons de cálcio e de carbonato extraídos da água. Se aumenta o nível de dióxido de carbono na atmosfera, diminui o suprimento de carbonato essencial a esses animais.
Imagem adaptada da Revista National Geographic - Abril de 2011
Um Problema Crescente para os Recifes de Coral
No fim do século 19, o dióxido de carbono começou a acumular-se na atmosfera, acidificar os oceanos e afetar os corais tropicais. Hoje, os níveis de carbonatos caíram perto dos polos, e até 2100 podem se tornar baixos demais mesmo nos trópicos, ameaçando a sobrevivência dos recifes.
Sabemos da importância desse seres para o equilíbrio do ecossistema e da vida nos oceanos, e também para nós. A polêmica da emissão do CO², é uma discussão complicada, que envolve também o efeito estufa. Para grandes empresas pararem de emitir CO² e outros componentes tecnológicos também cessarem do nada as emissões, seria praticamente parar o funcionamento do mundo humano.Atualmente, há as outras opções, como as energias renováveis, como energia solar, energia eólica, etc. Sempre temos que olhar a natureza, pois nela é onde vivemos, e nela onde podemos achar meios para viver em equilíbrio.
Fonte: Revista, Animais Incríveis Um Mundo de Informações e Curiosidades; Revista National Geographic Brasil, Abril de 2011.
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