Em uma remota área da província canadense de Alberta, nos limites do Parque Nacional Wood Buffalo, um projeto de engenharia está em andamento. Quem são os construtores? Castores. O objetivo? Preservar e ampliar uma barragem iniciada décadas atrás pelos antepassados deles. O dique, hoje, tem cerca de 900 metros de extensão, o maior construído por castores.
Jean Thie, perito em ecologia, foi quem identificou a estrutura, em outubro de 2007, ao usar satélites para estudar o derretimento do permafrost. "Esse é um cinturão de castores", explique ele. O terreno plano e isolado os distancia das ameaças de correntezas e seres humanos e lhes dá liberdade para recolher galhos e lama para construir tocas e depósitos de alimentos.
Quantos castores são necessários para a obra de uma barragem dessa magnitude? Ninguém sabe. Mas a colônia é imensa e engenhosa. Segundo o biólogo Clay Nielsen, "os castores só ficam atrás dos seres humanos na capacidade de alterar o espaço em que vivem para adaptá-lo a suas necessidades".
Visível do espaço, a maior barragem conhecida construída por castores estende-se em cerca de 900 metros pelas terras da província de Alberta, no Canadá.
Fonte: Revista National Geographic Brasil, Edição Especial Biodiversidade, Novembro de 2010.
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