sexta-feira, 14 de março de 2014

Cambuci: Árvore fora de risco de Extinção

A árvore se encontra em sério risco de extinção. Mas há esperança, pois dezenas de produtores familiares vêm tirando a fruta do esquecimento.


Pergunte a um paulista sobre o Cambuci. Se for da capital, dirá que é bairro. Se for do interior, é provável que se lembre da cachaça. Ambos estão certos. O nome deriva, de fato, dessa fruta nativa da Mata Atlântica, endêmica da Serra do Mar, outrora abundante no sul da região metropolitana de São Paulo. Não apenas brotava na floresta como também no pomar das casas, onde era cultivada para servir de aromatizante na cachaça.

Com o crescimento urbano, a cachaça de cambuci sumiu, assim como a própria fruta, cuja árvore hoje se encontra em sério risco de extinção. Por isso o cambuci hoje faz parte da Arca do Gosto, lista de alimentos ameaçados criada pela fundação Slow Food.

Agora, dezenas de produtores familiares vêm tirando o cambuci do esquecimento, decididos a explorar o potencial dessa fruta profundamente aromática, doce na fragrância e ácida no paladar. Em todo o cinturão verde de São Paulo, surgiram sucos, sorvetes, geleias, licores e até cosméticos produzidos à base de cambuci - sem falar de receitas excêntricas, como a moqueca e o estrogonofe.

A vitrine disso tudo é a Rota Gastronômica do Cambuci, uma integração de festivais locais que acontece entre março e setembro, cada mês em uma cidade. Em 2013, houve a participação de quase 60 produtores, de sete municípios. A rota vai aumentar este ano. "Já distribuímos mais de 10 mil mudas", conta Gabriel Menezes, diretor da Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica (AHPCE), a entidade que organiza o evento.


Aves do Paraíso: Um show de Cores

Aves-do-paraíso são animais que pertencem a um grupo considerado por muitos como um dos mais exóticos do planeta entre os animais. Pertencentes à família Paradisaeidae, estas aves possuem 14 gêneros e cerca de 43 espécies registradas até hoje.

A característica mais marcante das aves-do-paraíso é a plumagem exuberante dos machos da maioria das espécies, utilizada como ornamento nos rituais de acasalamento. O grupo é típico da região da Australásiae está presente, principalmente, em áreas tropicais do Norte da Austrália, Nova Guiné, Indonésia e Ilhas Molucas.

De pequeno a médio porte, as aves-do-paraíso possuem grande dimorfismo sexual. As fêmeas têm plumagem monótona, em tons de cinzento e castanho, enquanto que os machos da maioria das espécies são muito coloridos, por vezes em tons contrastantes, com caudas longas e/ou penas que se destacam na cabeça e pescoço. Contudo, em algumas espécies, o macho não é ornamentado e é semelhante à fêmea. O bico é curto, forte e adaptado a uma alimentação onívora, baseada em frutos, folhas e alguns insetos.

Pteridophora alberti


Exemplar da espécie ave-do-paraíso (Pteridophora alberti) encontrado na Papua-Nova Guiné.

Cicinnurus respublica


Exemplar da espécie ave-do-paraíso de Wilson (Cicinnurus respublica)

Paradisaea rudolphi


Exemplar da espécie ave-azul-do-paraíso (Paradisaea rudolphi)

Parotia sefilata


Parotia do oeste (Parotia sefilata) endêmica da Indonésia.

King of saxony


Fonte: TopBiologia

Amazone Kennisfestival: Adriano Gambarini fala de suas expedições à Amazônia em evento na Holanda

O fotógrafo quer mostrar o lado desconhecido, fantástico e frágil da Floresta Amazônica durante o Amazone Kennisfestival, que acontecerá em 16 de março em Leiden.

 

A Amazôniaé uma região de riquezas superlativas. Além de abrigar a maior floresta tropical do mundo, reúne a maior biodiversidade do planeta e ocupa 59% do território brasileiro. Mas também é um lugar de muitos mistérios. Quantas espécies de árvores existem na floresta? Quantos animais e plantas vivem lá? Como as mudanças climáticas atingem a Amazônia? Como realizar uma expedição na região?

Para tentar responder a essas perguntas e revelar experiências de quem já esteve na floresta, no próximo dia 16 de março, será realizado o Amazone Kennisfestival, em Leiden, na Holanda. Entre os convidados está o fotógrafo brasileiro Adriano Gambarini, que já participou de mais de 15 expedições à Floresta Amazônicanos últimos 12 anos e falará com propriedade a respeito do bioma.


"Quero mostrar o lado desconhecido, fantástico e frágil da Amazônia", revela o assíduo colaborador da revista National Geographic Brasil. O fotógrafo participará de três encontros: duas palestras para o público e uma conversa com a imprensa. Os temas escolhidos por ele são comunidades, modos de vida, fauna rara, novas espécies de animais e plantas, desmatamento, queimadas e monocultura.

Gambarini conta que foram várias as expedições que marcaram sua trajetória: desde as que o submeteram a situações de muita insalubridade, desgaste físico e mental, até aquelas que tiveram retorno científico - e fotográfico, claro! - interessante. "Meu trabalho sempre vai além da fotografia de natureza. Minha proposta é produzir fotos não apenas esteticamente belas, mas que sejam em benefício de algo maior, que é a conservação", afirma.


O convite para participar do evento surgiu graças a um holandês que Gambarini conheceu em uma expedição fotográfica em 2013. "Acho que fui convidado pelo fato do meu trabalho não ser apenas fotográfico, e sim de envolvimento direto com o tema e com a região", diz.

Também estarão presentes no evento dois holandeses:

- o pesquisador de árvores Hans ter Steege, que comentará sobre os resultados de sua pesquisa na Amazônia e sobre conservação de espécies;

- o especialista em água doce Bart Geenen, que explicará porque certas áreas da floresta são essenciais para a preservação e porque as comunidades locais são contra as barragens.

No local, também o público poderá visitar a loja Amazon, que exibirá desenhos científicos de plantas e animais da Amazônia. A criançada também poderá se divertir em uma jornada pela selva - recriada dentro de um museu -, com degustação de produtos típicos da floresta e pintura facial.


O evento é realizado pelo Naturalis Biodiversity Centerem parceria com o WWF/Holanda.


quinta-feira, 13 de março de 2014

O Melhor Amigo do Homem

Semelhança de estruturas cerebrais pode explicar conexão entre humanos e cães. Humanos e cães têm regiões cerebrais sensíveis a voz muito semelhantes.

Você pode até fazer careta ao ver pessoas conversando com seus animais de estimação como se eles fossem humanos, ou ao assistir vídeos do YouTube de cães supostamente falando inglês com seus donos, dizendo palavras como “banana” e “I love you”. E com boas razões: ainda que cães tenham a capacidade de compreender mais de 100 palavras, estudos demonstraram que o Totó não consegue falar idiomas humanos ou compreendê-los com a mesma complexidade que nós fazemos.

Mas pesquisadores descobriram que cérebros caninos e humanos processam as vocalizações e emoções de outros de maneira mais semelhante do que se pensava anteriormente. As descobertas sugerem que apesar de cães não conseguirem discutir a teoria da relatividade conosco, eles de fato parecem funcionar de uma maneira que os ajuda a compreender o que estamos sentindo ao atentar para os sons que fazemos.


Para comparar cérebros ativos de humanos e cães, o pesquisador de pós-doutorado Attila Andics e sua equipe do Grupo de Pesquisa de Etologia Comparativa MTA-ELTE, na Hungria, treinou 11 cães para ficarem parados em um aparelho de ressonância magnética funcional durante vários intervalos de seis minutos para que pesquisadores pudessem conduzir o mesmo experimento tanto em participantes humanos quanto caninos.

Os dois grupos ouviram quase 200 sons produzidos por cães e por humanos – de lamentos e choros, a risadas e latidos alegres – enquanto a equipe observava sua atividade cerebral.

O estudo resultante, publicado em 20 de fevereiro na Current Biology, revela que cérebros caninos têm regiões sensíveis a voz, e também que essas áreas neurológicas se parecem com as humanas.

Localizadas em regiões semelhantes nas duas espécies, elas processam vozes e emoções de outros indivíduos de maneira parecida. Os dois grupos responderam com maior atividade neural quando ouviram vozes refletindo emoções positivas, como risadas;no caso de sons negativos, incluindo choro ou lamento, a atividade neural foi menor.


Mas os dois grupos respondem de maneira mais intensa a sons produzidos por sua própria espécie. “Cães e humanos se encontram em um ambiente social muito parecido, mas antes nós não sabíamos o quanto os mecanismos cerebrais eram semelhantes para processar essas informações sociais”, declara Andics.

Essas semelhanças marcantes ajudam a esclarecer a linha do tempo e os estágios da história evolutiva dos mamíferos.

Até agora, pesquisadores tinham identificado regiões cerebrais sensíveis a voz apenas em humanos e em macacos – nosso último ancestral comum com essa espécie viveu há 30 milhões de anos. O último ancestral comum de humanos e cães – um mamífero carnívoro com o cérebro do tamanho de um ovo – existiu há cerca de 100 milhões de anos.

A descoberta canina, portanto, sugere que as regiões cerebrais sensíveis a voz das duas espécies evoluíram por volta dessa época, ou ainda antes. Outros mamíferos do mesmo ramo evolutivo dos cães e seres humanos que também descendem desse último ancestral mútuo, provavelmente também compartilham essas mesmas regiões cerebrais.

Mas donos de cães podem estar mais interessados no que esse estudo diz sobre nosso relacionamento especial com esses animais.


Humanos domesticaram cães entre 18 e 32 mil anos atrás, e desde então eles se tornam os melhores amigos da humanidade, parceiros de caçada, guardas, e até acessórios. Andics acredita que a sensibilidade cerebral a vozes e emoções pode ser parte de nossa conexão única. “Essa semelhança ajuda a explicar o que torna a comunicação verbal entre cães e humanos tão bem-sucedida”, observa ele. “É por isso que cães conseguem se conectar aos sentimentos de seus donos tão bem”.

Parece que pessoas que conversam com seus poodles ou golden retrievers não são tão bobas, afinal.


Boto-cor-de-rosa: Um risco de Extinção

A principal ameaça é a pesca da piracatinga, que utiliza golfinhos como isca.

Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (Ipi), recebeu apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para se juntar a 35 comunidades pesqueiras do Amazonase estudar a pesca da piracatinga, peixe muito apreciado na Colômbia, mas desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição. A atividade utiliza golfinhos como isca, sendo o boto-vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa, a principal vítima da prática.


A mortalidade do boto está bem acima de qualquer limite seguro para sua conservaçãona região. Teoricamente, se até 16 espécimes morrem anualmente, sua preservação está garantida. Com a pesca da piracatinga, são mortos de 67 a 144 botos-vermelhos.

Por conta da exportação para a Colômbia, a atividade pesqueira em torno da piracatinga é importante fonte de recurso para a população local. E, apesar do baixo valor comercial, a produtividade é alta - na área de pesquisa, o volume é de, no mínimo, 15 toneladas por ano. Mas, segundo Sannie, se nada for feito, o boto-vermelho vai acabar como o golfinho de água doce chinês, que foi declarado extinto em 2007.

A reprodução lenta do boto contribuiu para sua vulnerabilidade. Após dez meses de gestação, as fêmeas cuidam de seus filhotes por quatro anos. Fiscalização e programas de educação ambiental são alternativas apontadas pelo grupo de pesquisa para evitar a extinção da espécie.


A pesca é a principal ameaça à vida do boto-vermelho, mas não é a única. A degradação do seu habitat – causada pelo grande fluxo de embarcações no Pará, exploração e transporte de óleo e gás em Manaus, assim como pelo turismo desordenado, implantação de novas usinas hidrelétricas e atividades de garimpo e mineração – colocam a espécie em risco.


O Tráfico Ilegal de Pangolins

Um recém-chegado inesperado juntou-se espécies mais emblemáticas do mundo - o elefante, rinoceronte, e o tigre - sob os holofotes da crise internacional tráfico de animais selvagens: Conheça o pangolim.

Pangolins são inconfundíveis na aparência - eles são cobertos com as escalas formadas por queratina, e de fato, acariciando um pangolim parece acariciar uma camada de miniaturas quentes. Existem oito espécies de pangolim, com quatro na África e quatro na Ásia. Eles vão desde o tamanho de um gato doméstico com um cachorro de tamanho médio. As espécies arbóreas menores usam cauda preênsil para ajudar com a navegação habitats florestais, enquanto pangolins terrestres maiores , por vezes, pode andar ereto.


As escalas de notáveis ​​do pangolim proporcionam uma excelente defesa contra predadores naturais. Quando pangolins se sentem ameaçados, eles rolam em uma bola apertada, o que é quase impenetrável, até mesmo para os leões e hienas. Pangolins também foram conhecidos para implantar sua "rolypolyness", a fim de fazer uso de águas rasas.

Pangolins são alimentadores altamente especializados. Não só pangolins jantam exclusivamente em formigas e cupins , alguns pesquisadores acreditam que esta dieta é ainda mais preciso e limitado a espécies de formigas e cupins locais. A língua é especialmente adequado para a extração desses insetos específicos de túneis profundos , que está ligado perto da pelve, e quando totalmente estendida, a língua é mais long do que o corpo do pangolim.

Infelizmente, pangolins são o mamífero mais freqüentemente encontrados no comércio ilegal de animais silvestres da Ásia. Não é incomum para a polícia e as autoridades aduaneiras para apreender centenas, ou mesmo milhares, de pangolins em um único incidente. O principal destino para das escalas dos Pangolin é a carne é a para a China continental; partes do pangolim são consumidos no Vietnã também. A carne e os fetos são consumidos como iguarias.

Literalmente toneladas de pangolins são retirados das florestas tropicais do sudeste asiático a cada ano, com as espécies mais atingidas sendo o Sunda pangolim. Dr. Chris Shepherd, diretor da TRAFFIC Southeast Asia Regional, explica que existe "dezenas de milhares de caçadores de Pangolin" estão em trabalho todos os dias.

Na verdade, os caçadores de Pangolins e comerciantes dizem que os pangolins desapareceram inteiramente de algumas áreas da Ásia, o que levou ao aumento do comércio de pangolins africanos. Este é um padrão familiar. Após o esgotamento das espécies de rinocerontes asiáticos, os traficantes de animais selvagens se virou para os rinocerontes africanos. E, a fim de preencher a lacuna no mercado do ilegal deixado pelo desaparecimento dos tigres da Ásia, alguns proprietários de fazendas de leões da África do Sul são legalmente liberados a venda de esqueletos de leão aos traficantes da vida selvagem.

O Dia Mundial do Pagolim de 2014 foi celebrada offline também. BCARE (Conscientização Conservação da Biodiversidade Pesquisa e Educação) da Fundação na Índia relata que os alunos da Escola Secundária de CSI Superior em Tamil Nadu formou uma rangoli humano , criando as palavras " Dia Mundial do Pangolin ".





Você pode ajudar a fazer a diferença para pangolins, compartilhando informações com seus amigos e colegas , e por organizações que trabalham para proteger pangolins  de apoio.