Para perpetuar a espécie e garantir a sobrevivência, qualquer espécie luta com todas suas capacidades, mas parece que um verme foi ao limite. Esse verme é oparasita Leucochloridium paradoxum que entra em um caracol, promove uma transformação física no gastrópode (mesmo grupo das lesmas e nudibrânquios) e o leva a cometer suicídio. Tudo para assegurar a continuidade da espécie. Mas como isso é possível?
Primeiro, um caracol come os excrementos de um pássaro infectado com ovos de Leucochloridium paradoxum. Quando os ovos eclodem, os vermes seguem para os tentáculos oculares da vítima. É possível ver a movimentação dentro do corpo do caracol. Os parasitas, que se parecem com grandes cones inchados e pulsantes, passam a controlar o cérebro de seu hospedeiro. O caracol segue, como se estivesse hipnotizado, em direção às plantas mais altas, em busca da luz (normalmente prefere lugares sombreados). Exposto, ele está condenado.
No topo das árvores, o caracol é facilmente observado. Seus tentáculos pulsantes chamam a atenção das aves como se fossem um letreiro de fast food. A forma dos vermes confundem os predadores que acham que estão diante de uma larva, uma iguaria muito apreciada entre os pássaros. Quando o caracol é consumido, o parasita entra no trato digestivo da ave e se desenvolve até a fase adulta. O verme libera os ovos que serão expelidos junto com os excrementos do hospedeiro.
Os ovos caem em uma folha e serão ingeridos pelo caracol que se alimentar dos excrementos da ave infectada. O ciclo de vida do Leucochloridium paradoxumestá completo, e uma nova geração de vermes pode seguir controlando as mentes de caracóis indefesos.
Fonte: National Geographic Brasil
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