Os leões-do-senegal – historicamente identificados com a subespécie Panthera leo senegalensis, ainda que essa designação taxonômica não esteja atualmente em uso – são menores e geneticamente diferentes de seus parentes do sul e do leste da África, que também estão em declínio e que atualmente não passam de 35 mil. Testes genéticos recentes mostram que esses animais têm uma ligação mais próxima com o extinto leão-do-atlas do norte da África e o criticamente ameaçado leão asiático (Panthera leo persica) da Índia, que também tem uma população de aproximadamente 450 animais. Pesquisadores em 2005, antes do início da pesquisa, acreditava-se que os leões-do-senegal viviam em 21 áreas protegidas diferentes. Mas agora um artigo publicado em 8 de janeiro na PLoS One confirma que só existem leões em quatro desses locais. E o que é pior: os pesquisadores estimam que a população total de leões-do-senegal é de apenas 400 animais, incluindo menos de 250 indivíduos maduros em idade reprodutiva.
Apesar de chocante, a notícia da quase-extinção dos leões provavelmente não deveria ser surpreendente dado o contexto da região. As populações de outras espécies de grandes mamíferos caíram em média 85% na África Ocidental entre 1970 e 2005, a maioria para alimentar a voraz demanda por carne de caça.
Os pesquisadores foram analisar pessoalmente 13 das 21 áreas protegidas – cada uma delas com mais de 500 quilômetros quadrados – e usou relatos de campo de cientistas estudando outras espécies nos oito outros locais. Ainda que parte do trabalho pudesse ser feita com veículos, isso não foi uma opção em muitas das áreas estudadas.
Para mais informações acesse: Scientific American Brasil
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