quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Poda da Arborização





Poda e Arborização

Considerações e tipos de podas


Em áreas urbanas, a poda é uma prática permanente, que visa garantir um conjunto de árvores, e um bonito paisagismo. Para efetuar a poda deve ser feito um levantamento das espécies predominantes na arborização da cidade. Para começar as atividades de poda um  calendário é montado de acordo com o local de ocorrência da espécie e sua melhor época de poda.

Regras fundamentais para o executor da poda:


- Arquitetura da copa das árvores;

- A filosofia da compartimentalização;
- As técnicas de poda;
- As ferramentas e equipamentos mais apropriados para cada atividade.

Para a correta utilização da poda, é necessário reconhecer os três tipos básicos de poda em uma árvore urbanas e utilizar a que for mais recomendada para cada caso: 


Poda de formação


A poda dos galhos deve ser realizada o mais cedo possível, para evitar grandes cicatrizes. A poda de formação na fase jovem sempre é uma mutilação, devendo ser executada com cuidado. Deve-se conhecer o modelo arquitetônico da espécie, considerando, portanto, o futuro desenvolvimento da copa no espaço em que a árvore está estabelecida. Galhos baixos que dificultarão a passagem de pedestres e de veículos deverão ser eliminados precocemente. Galhos que cruzarão a copa ou com inserção defeituosa deverão igualmente ser eliminados antes que os cortes se tornem muito difíceis.


Poda de manutenção 


Para esse tipo de poda são eliminados basicamente galhos secos, que perderam sua função na copa da árvore. Estes galhos podem, em algumas circunstâncias, ter dimensões consideráveis, tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação.


Poda de segurança


Tecnicamente é semelhante a poda de manutenção, com a diferença de ser praticada em galhos normalmente vitais ou não preparados, pela árvore, para o corte. A alternativa para esta eventualidade é o corte em etapas. Na primeira poda, o galho é cortado a uma distância de 50 a 100 cm do tronco. Após um ou mais períodos vegetativos, procede-se à segunda poda, agora junto do tronco, concluindo a operação de remoção do galho.


Corte de raízes


A capacidade de regeneração das raízes é bem mais limitada que a regeneração da copa. Quanto maior a dimensão da raiz cortada, mais difícil e demorada sua regeneração, maiores também os riscos para a estabilidade da árvore. Deve-se evitar o corte de raízes grossas e fortes, principalmente próximo ao tronco.


A maneira mais eficiente de evitar problemas com raízes é a criação de um espaço adequado para o desenvolvimento da árvore. Embora cada espécie tenha modelos de arquitetura radical próprios, o meio físico é o principal modelador das raízes.

Orientações sobre poda


- Observar condições biológicas da árvore, considerando se já há botões florais ou flores. Caso existam, deve-se evitar a poda.


- Conferir condições físicas da árvore, observando o estado do tronco (oco, rachaduras, podridão), galhos secos ou mortos.

- Analisar a fiação, caso esteja encostada nos galhos, desligar a rede, testá-la e aterrá-la e, após, proceder a poda com cuidados necessários.

- Executar a poda com segurança, começando a operação, sempre que possível, de fora para dentro da árvore, usando ferramentas adequadas.

- Deve-se cortar galhos pesados em pedaços. Os mais leves descem inteiros. Usar sempre cordas para apoiá-los, antes de proceder o corte.

- Escolher a melhor época de efetuar a poda, que é logo após a floração, mas as podas realizadas no final do inverno e início da primavera promovem a cicatrização dos ramos de forma mais efetiva.

- Adequar uma árvore a um espaço menos do que seu desenvolvimento natural exige não é recomendável. Selecionar outra espécie que se desenvolva com menos espaço.

- Não reduzir a copa demasiadamente. Se uma poda severa for necessária, processá-la em etapas, com maior frequência.

Fonte: Companhia Energética de Minas Gerais. Manual de arborização. Belo Horizonte: Cemig / Fundação Biodiversitas, 2011.

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