O temor de ataques de tubarões a humanos conquistou o mundo em 1975, com o filme Tubarão, de Steven Spielberg. Na ficção, o tubarão se assemelhava a uma entidade sanguinária e quase indestrutível, o que contribuiu para cristalizar a imagem de que o homem é uma presa natural - embora nós não sejamos, nem de longe, o prato preferido desses predadores. O curioso é que um ataque de tubarão atrai atenção imediata da mídia, provocando pânico generalizado entre pessoas.Apesar disso, um banhista tem muito mais chances de se afogar do que ser atacado por um tubarão.
Existem aproximadamente 450 espécies de tubarão distribuídas pelos oceanos, em águas tropicais, subtropicais, temperadas e frias, desde regiões costeiras a profundas de até 3.000 metros. Na costa do Brasil, foram registradas 81 espécies.
Os Tubarões brancos são os maiores responsáveis por ataques ao homem, mas também são registrados ataques de tubarões tigre. Ainda assim, esse tipo de acontecimento é raro. Boa parte das ocorrências é em relação a surfistas e mergulhadores, e a explicação estaria no fato de que a roupa de neoprene usada por eles lembraria a pele de focas. O perigo é maior em áreas onde essas espécies habitam regularmente. As maiores incidências são registradas no sul e leste da Austrália, na África do Sul, na Califórnia, no Havaí e no litoral do Nordeste brasileiro.
Mas os ataques de tubarões são o mínimo comparado ao número de tubarões que matamos por ano. São cerca de 50 milhões de tubarões são capturados e mortos. Entre 1987 e 2002, só no Oceano Atlântico, houve uma redução de 50% da população de 8 tipos de tubarão. No mundo, 10 espécies correm risco de extinção. Números indicam que 20 a 25 pessoas morrem por ano em decorrência de ataques de tubarões. Para se ter uma comparação, no mesmo período, mais de mil pessoas morrem por causa de picadas de abelhas.
Então quem realmente é o monstro da história? E quem realmente deve temer quem?
Fonte: Revista Animais Incríveis, Um Mundo de Informações e Curiosidades.
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